segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mais que mil palavras

O provérbio nos diz que uma imagem vale mais que mil palavras. Será verdade? Acho que sim. Uma imagem pode nos transmitir um mundo de informações, sem dizer uma só palavra. O mais legal é que o que uma imagem pode me transmitir, pode não ser a mesma mensagem transmitida a você, e vice-versa. Mais fantástico ainda: pode não ser o que o dono da imagem quis dizer! Através de uma imagem podemos perceber detalhes, sentimentos, histórias, mensagens, segredos... Uma imagem pode ser puramente arte, jornalística, lazer, mas todas tem algo em comum: dizer algo muito além do papel em que está impressa.
A história da fotografia remonta ao século XVI, mas somente no século XIX foi produzida a primeira fotografia. Em “Fotografia: a linha do tempo”, de Ênio Leite, é possível conhecer a história da fotografia, seguindo sua linha do tempo. Museus, arquivos e bibliotecas guardam a evolução da fotografia, que nos conta a história, nos mostra eventos, desmistifica lugares pelo mundo, enfim, preserva a nossa memória.
Rosi Cristina da Silva, Bibliotecária-Arquivista da Coordenação de Iconografia e Documentos Textuais da Fundação Joaquim Nabuco (Recife/PE), em “O Profissional da Informação Como Mediador entre o Documento e o Usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco”, descreve a importância da imagem para a memória coletiva (e eu vou além: importância da imagem para a recuperação de informação). Ela coloca que os acervos fotográficos descrevem lugares, retratam acontecimentos históricos, servem como apoio pedagógico, explicam fenômenos científicos, etc. Daí a importância de uma política de preservação de acervos fotográficos. Para a autora é imprescindível que o profissional da informação organize, descreva, indexe, armazene e distribua esses documentos de modo cognitivo, a fim de que o usuário possa recuperar essas informações. Isso porque o profissional da informação necessita compreender a imagem, a sua linguagem não-textual, já que, muitas vezes, as imagens podem possuir caráter ambíguo.
Em “Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital”, Erivam Morais de Oliveira levanta uma discussão muito importante para nós da Ciência da Informação entre a fotografia analógica e a digital. O autor coloca que com o advento da tecnologia, o acesso a foto digital está muito mais fácil, permitindo que qualquer um possa tirar fotografias. Além disso, os computadores e os softwares de tratamento de imagens permitem que as fotografias sejam tratadas e até mesmo alteradas, questionando aí a veracidade de um fato e, até mesmo, a real beleza plástica de uma pessoa. Outro ponto que o autor toca é o da preservação das imagens, citando as facilidades de armazenamento e difusão das fotografias digitais, porém muito mais passíveis de serem perdidas por problemas de vírus ou por obsolescência do tipo de suporte para o armazenamento. Essas questões devem ser analisadas nas unidades de informação, pois a preservação desse tipo de documento exige uma política cuidadosamente traçada para tal; além disso, o profissional da informação deve estar atento às questões éticas de modificação de fotografias que comporão o acervo, a fim de que possa oferecer um serviço de acesso à informação confiável aos seus usuários.

Referências:

LEITE, Ênio. Fotografia: a linha do tempo. Disponível em: <http://www.fotografia-dg.com/fotografia-a-linha-do-tempo/>. Acesso em 20 set. 2010.

OLIVEIRA, Erivam Morais de. Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101592>. Acesso em 20 set. 2010.

SILVA, Rosi Cristina da. O Profissional da Informação Como Mediador entre o Documento e o Usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101593>. Acesso em 20 set. 2010.

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