Dados apresentados por algumas consultorias de TI (tecnologia da informação) informam que em menos de cinco anos a imensa maioria dos acessos à Internet será feita por telefones móveis e não por PCs. A realidade atual é que a necessidade das pessoas de estarem conectadas e acessando e passando informações (relevantes ou não, o conceito de necessidade da ciência econômica diz respeito aquilo que é necessário para o indivíduo) é tamanha que não é possível esperar chegar em casa para ligar o computador. Sequer os notebooks conseguem suprir essa lacuna na vida das pessoas.
Paralelo a isso temos uma discussão sobre a nova cultura que isso está formando (você se lembra da sua vida antes da Internet?). Existe uma inequívoca nova forma de manifestação cultural crescente com a possibilidade de qualquer um publicar suas idéias na rede mundial de computadores (se alguém vai ler é outra história, mas está lá, assim como esse blog). Para Henry Jenkins e seus seguidores, estamos diante da Cultura da Convergência, um conceito que remete a essa conectividade de mídias e informações cada vez maior.
Confesso que sou um pouco cética com conceitos “revolucionários”, assim como torci o nariz para Fukuyama quando ele pregou o “Fim da história” (o que aliás foi um acerto de minha parte, felizmente), mas também sou obrigada a refletir que Jenkins não está reinventando a roda, mas sim alertando para um fenômeno em andamento e apontando causas e conseqüências.
Se a cultura da convergência é o conceito que resume o que está se passando no mundo, é cedo para dizer. Mas sem dúvida a convivência das pessoas com as mídias velhas e novas está em rota de colisão. Pensando bem, talvez seja melhor, pelo bem dessa convivência que ao final tudo efetivamente esteja convergindo para uma nova forma de disseminação da informação.
Referência:
JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008. cap. 1. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=133745>. Acesso em: 06 dez. 2010.
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