domingo, 22 de agosto de 2010

Além do blog

Um blog... O que é exatamente um blog? E o que nos fascina tanto para que manifestemos nossas opiniões no twitter ou registremos nossa vida em imagens para desconhecidos (e conhecidos também) no fotolog?

Em meu primeiro post (que chique, hein?) resolvi propor uma reflexão sobre o alcance das informações postadas nos blogs e como direcioná-las para um multiplicador da ciência da informação, discorrendo brevemente sobre a causa do crescimento dos blogs para lançar o desafio de torná-los aliados do estudo da ciência da informação.

A bem da verdade, um dos motivos do grande fascínio dos blogs, como bem coloca BARROS (200?), é que qualquer pessoa pode criar o seu. Deixamos de ser “comentaristas de botequim” e passamos a ter nossas opiniões divulgadas em meio digital de forma a permitir o acesso de inúmeras pessoas, o que nos torna protagonistas por um instante. Mesmo que em muitas vezes poucos efetivamente acessem nossas idéias, elas estão lá, para dizer ao mundo o que pensamos, ou mesmo para que alguns possam sentir o gostinho de celebridade por um minuto, postando o seu dia-a-dia como se paparazzis estivessem ávidos por atualizações de nossas atividades.

Evidente que grande parte da divulgação pessoal no ambiente virtual da internet tem relação com o ego das pessoas. Como bem expõe RECUERO (2007), os fotologs estão centrados no “eu” do blogueiro com primazia em imagens do próprio detentor da página. Não raro há uma ausência de imagens alheias que lhe chamem a atenção ou que reforcem suas idéias. Isso, contudo, não inviabiliza o poder de atração dos blogs e especialmente do microblog - o twiter – onde mais fácil é a manifestação de simples pensamentos, pois não se presta para textos mais elaborados, mas para simples “mensagens”, partindo da premissa que outras pessoas queriam ler o que temos a dizer.

Entretanto, é preciso que vejamos a internet não apenas como uma fonte pessoal de manifestação ou de notícias rápidas. Como expõe SOUSA et al (2007) trata-se de uma ferramenta de aprendizado fantástica com potencial imenso para boas práticas de gestão da informação. Ao invés de condenarmos a grande quantidade de informação apócrifa no mundo virtual ou a ausência comum de indicação das fontes, devemos, como profissionais da informação provocar as pessoas para que passem a mencionar suas fontes de pesquisa e que inclusive incluam os links das páginas que serviram de base ou inspiração para suas postagens (quando houver) para que a troca e a disseminação de informações realmente resultem em uma interação quanto às origens da formação de nossa opinião.

Não há novidade no que estou dizendo, mas bem sabemos que quanto mais pessoas dizem uma coisa na web, mais ela começa a ser aceita pelos usuários dessa ferramenta. Então, mãos à obra! Vamos tratar de disseminar a cultura da informação com respeito às suas fontes, e torcer para que comecemos a ter também nossos “seguidores” fora do círculo dos profissionais da ciência da informação.





Referências:


BARROS, Moreno Albuquerque de. Blogs e Bibliotecários. Universidade Federal Fluminense. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101566>. Acesso em: 20 ago. 2010.


RECUERO, Raquel. Tipologia de Redes Sociais Brasileiras no Fotolog.com. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101568>. Acesso em: 20 ago. 2010.

SOUSA, Paulo Jorge et al. A Blogosfera: perspectivas e desafios no campo da Ciência da Informação. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101567>. Acesso em: 20 ago. 2010.

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